Descomplicando e harmonizando
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- Categoria: partindo do prato
A harmonização é um assunto recorrente. No fundo, todo mundo fala em descomplicar, mas, na prática, poucos a descomplicam, de fato... Vamos tentar?
A gente dá o cardápio, e conta qual a experiência mais bem sucedida, que deu os melhores resultados para quem degustou. Mas lembramos que essa é uma tendência, uma regra que serve à maioria das pessoas, mas cada um de nós tem suas preferências e particularidades...
Ou seja, discordar do senso comum não significa não entender de vinho, ok? Seu gosto pessoal deve prevalecer à qualquer regra de harmonização!
Mas, vamos lá:
Massa com molho branco e vinho branco. Mas qual?
Chardonnay é uma excelente resposta. Mas os Chardonnay típicos da Borgonha, denominados Chablis, vão se perder nos molhos brancos mais gordurosos, ricos em manteiga, creme de leite ou queijo. Nesse caso, prefira os Chardonnay produzidos, por exemplo, na Califórnia.
E se o molho for vermelho, o que fazer?
O tomate é um excelente parceiro dos tintos italianos da Toscana, produzidos com a uva Sangiovese, como Chianti, ou então dos vinhos do Piemonte produzidos com a Barbera, como os denominados Barbera d’Asti e Barbera d’Alba. Mas não é necessário ser italiano, e nem ao menos tinto; uma alternativa criativa são os vinhos rosés produzidos com a uva Zinfandel.
Para as carnes vermelhas, quanto mais gordura, mais taninos...
Os taninos do vinho e a sensação de secura na boca que eles proporcionam são um ótimo contraponto para a gordura de carnes vermelhas. Carnes magras como patinho vão muito bem com vinho menos tânicos como Pinot Noir ou Merlot. Já a costela de boi, ou o cupim, que são carnes de gordura entremeada, que não pode ser removida, pedem vinhos ricos em taninos, como Cabernet Sauvignon ou Tannat.
Acidez na comida? Acidez no vinho!
Sabe aquela salada refrescante com molho vinagrete? Se o vinho não for igualmente ácido, o vinagrete vai dominá-lo e sumir com ele. Então, fuja dos vinhos brancos suaves, e concentre-se, por exemplo, em vinhos Verdes portugueses, ou nos franceses Muscadet. Ah, se você quiser desfazer a confusão entre Moscatel, Muscadelle e Muscadet, clique aqui.
Mas o melhor dessa viagem ao mundo dos vinhos não é chegar, é o caminho que se percorre... Então, experimente, deguste, e descubra as harmonizações que mais satisfazem ao seu paladar!
E, para ajudá-lo nessa jornada, convidamos você a ler um outro artigo, com algumas dicas para tornar-se um expert em vinhos, ou melhor, o seu próprio expert em vinhos... para ler, clique aqui.
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