A “parkerização” dos vinhos
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- Categoria: a história do vinho
Robert Parker exerce uma influência gigantesca no mundo do vinho. Para o bem, e para o mal.
Suas pontuações orientam não só os seus leitores. Orientam muitos consumidores. Consequentemente, suas pontuações orientam, também e principalmente, muitos produtores.
Uma boa pontuação valoriza o vinho, torna-o mais competitivo no mercado, aumentando suas chances de sucesso.
Assim, a imensa pressão sobre os produtores, em busca de boas pontuações na escala criada pelo mais famoso crítico de vinhos de todo o mundo, faz com que vários vinhos sejam produzidos com o objetivo, nu e cru, de agradá-lo.
Por isso surgiu o termo “parkerização”, que descreve um claro movimento em busca do estilo de vinho que agrade o influente crítico Robert Parker.
O problema é que ele, no fundo, é simplesmente uma pessoa. Com seu gosto pessoal.
Outro problema é que essa padronização vai contra um dos maiores pontos fortes do universo do vinho, a diversidade. Sem falar na influência do terroir.
Mas infelizmente, o poder da crítica de vinhos está demasiadamente concentrado na figura dele.
Por outro lado, tamanha é a onipresença do seu sistema de pontuação, que muitas vezes sua influência é vista somente de maneira negativa, o que não é correto, nem ao menos justo.
É verdade que ele é uma das figuras dominantes no mundo do vinho, um ícone. É verdade que ele é uma das personalidades mais importante dessa indústria. Mas é verdade, também, que ele fez muito, por essa causa, contribuindo para o desenvolvimento do mercado. E, por isso, merece nosso respeito. A ele deve-se a cultura de extremo rigor na avaliação de vinhos, que beneficiou toda a cadeia.
Para ler mais sobre como funcionam as pontuações de vinho, clique aqui. E, para ler mais sobre Robert Parker, essa figura controversa, clique aqui.
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